Sananda – A Raiva

Queridos filhos e filhas do planeta Terra! SOU SANANDA!

Mais uma vez, sou muito grato por poder estar aqui ampliando um pouco mais os meus ensinamentos. Hoje vou falar para vocês sobre um assunto interessante: a raiva. O que é este sentimento? Antes de falar da raiva, preciso falar do amor. O amor, o verdadeiro amor, é aquele que traz alegria, traz felicidade, traz realização, traz equilíbrio, traz paz no coração. E com certeza, pode ser vivido por cada um de vocês, basta que vocês o encarem desta forma, pois qualquer outra forma de amor não é o verdadeiro amor, são pequenas cópias do verdadeiro sentimento totalmente manipuladas, para se parecerem com amor; mas que não são o verdadeiro amor.

Podemos dizer que o amor é uma das mais altas vibrações que existe no Universo. Anda colada com a gratidão, com a fé, e é um sentimento que cura muitos dos problemas que vocês têm. Se vocês passam a emanar apenas amor por qualquer coisa…, vocês podem amar a tudo, não apenas os seres humanos, os animais, os vegetais; a tudo. Porque o sentimento emanado trará vibrações positivas, para tudo que vocês tocarem; trará o equilíbrio, o bom funcionamento, apenas porque vocês amam e emanam este sentimento.

Agora não confundam amor com apego. Quando falo em emanar amor por um objeto, é ser grato pelo que aquele objeto representa. Se é um aparelho que lhe ajuda, é ser grato pela ajuda que ele está lhe dando. Se é apenas um enfeite que alegra o seu coração, então seja grato por ele ter esta função. É este tipo de amor a que me refiro, não é apego, não é idolatrar um objeto, não é fazer dele a função da sua vida.

Mas o assunto aqui é raiva. E a raiva é um sentimento que contém uma vibração altamente negativa. O limiar entre a raiva e o ódio é muito pequeno. Um pode se tornar o outro, basta que vocês alimentem esta raiva. Então o que é sentir raiva? Posso afirmar que é puro ego; o ego se levanta e grita que aquilo não é bom para ele, que aquilo não é o que esperava, que aquilo é ruim para ele. Então, a raiva é a contestação de algo que o outro fez e que não lhe agradou. Então o ego se levanta cheio de poderes, cheio de força, provocando em você uma atitude.

Normalmente as atitudes vindas da raiva, são atitudes impensadas, palavras amargas, atitudes violentas, sentimentos mais profundos negativos ainda. Então a raiva é capaz de causar uma explosão de problemas, de desequilíbrio em cada um que a sente. Quando vocês emanam raiva por alguém, ela é uma via de mão dupla. Vocês emanam toda essa força do ego em cima do outro, e jogam toda essa negatividade em cima do outro; então ele sentirá a sua carga negativa. E quanto à você? Não, você não sairá impune, porque esta carga negativa que você emanou, em igual proporção permanece em você, no seu próprio corpo.

Então todo e qualquer sentimento que ande lado a lado com a raiva, como ódio, vingança, maldade, tudo aquilo que tem como objetivo lançar qualquer sentimento negativo no outro, ele vai para o outro mas fica em você também. Você não sai impune deste momento, aquilo reverbera no seu corpo também. Digamos que você é aquela pessoa que humanamente um dia sentiu raiva, discutiu com alguém, brigou, disse palavras profundas que magoam, que fazem doer. E ao terminar todo aquele momento, você se dá conta que falou demais, agiu intempestivamente, agiu sem pensar, agiu no calor do momento. Mas o mal já foi feito, você já empurrou tudo isso para cima do outro e pior, para cima de você também.

E como já temos dito aqui, não apenas eu mas muitos Seres de Luz, só há uma forma de corrigir isso: pedindo perdão. A questão aqui não é quem está certo, nem quem está errado. Lembrem-se, julgamento não. Então não tem o certo e o errado. Para você aquilo foi errado, para quem fez, talvez ele tenha uma outra visão do que você acha que é o errado. Então quem está certo e quem está errado? O caminho não é por aí. A solução do problema não é encontrar quem está com a razão e quem está sem ela. A solução do problema, é sentar, olhar um no olho do outro e aquele que tomou a dianteira de fazer a bobagem, de magoar o outro, de ferir o outro com palavras, emanando toda a sua raiva; pedir perdão.

Mas também posso dizer que o outro não necessariamente, tem que sair impune. Porque se ele fez algo tão sério para lhe tirar do equilíbrio, digamos que ele também errou. Então também deverá lhe pedir perdão. Então é uma troca mútua de perdão, e mais ainda, é o momento de sentar e conversar, cada um colocando o seu ponto de vista. Não querendo sobrepor o outro, e conversar a respeito, tentar chegar a um consenso, a um acordo. É desta forma, que vocês se livram desta carga emanada por vocês. Não adianta apenas pedir o perdão e deixar para lá, porque dentro do seu coração, aquilo não foi resolvido. Lá no fundo você ainda continua achando que o outro errou, que lhe magoou, que foi o causador daquela sua explosão de raiva. E se você não fala nada e o outro simplesmente aceita o seu pedido de perdão e fica tudo por isso mesmo, amanhã ele fará a mesma coisa, porque você simplesmente perdoou, não conversou a respeito, não disse para ele que aquilo não era bom para você.

Então percebam, que tudo tem que ser uma via de mão dupla. Não importa quem está certo e quem está errado, ambos se machucaram. Então é necessário que se converse a respeito, mas que nesta conversa, ambos arranquem dentro de si o ego, aquele bichinho que vai ficar no ouvido: “Não, você é que é o certo, o outro está sempre errado!” Quando uma discussão começa assim, não se chega a lugar algum; ambos erraram. É notório isso, porque ninguém tem acessos de raiva à toa. Algo o tirou do equilíbrio, algo que o outro fez o tirou seriamente do equilíbrio. Então aquele outro, também tem que aprender a respeitar o equilíbrio de quem ele cometeu o problema.

Então não basta apenas… “Ah, eu peço perdão pelo meu acesso de raiva.” Mas você efetivamente perdoou o que foi feito? Porque aquele outro fez isso com você, você perguntou isso para ele? Por que que ele fez? Agora nesse momento, dessa conversa, você tem que estar aberto a ouvir, porque o outro poderá lhe falar coisas, que você não vai gostar sobre você mesmo. É por isso que o ego tem que ficar numa outra mesa, tem que ser deixado fora da conversa.

Existem pessoas que magoam as outras, sem ter um motivo, magoam só pelo ato de magoar porque gostam disso. Mas vale a pena mostrar à essas pessoas, que elas estão indo por um caminho errado, aquilo também não passa impune para elas. Então, não é apenas, um pedir perdão, é uma via de mão dupla. Quem provocou a raiva e quem teve explosão de raiva. Ninguém está certo e ninguém está errado. Não tem “eu estou com a razão”, “você está com a razão”, ninguém tem razão. Um não deveria ter provocado e o outro não deveria ter reagido. Esta é que é a solução, ou seja, o acontecimento não deveria ter acontecido.

Então vocês têm que perceber, que sempre alguém sai machucado, alguém machuca. Mas é importante que seja colocado na mesa, como cada um se sentiu, mas sem mágoa. Porque enquanto houver mágoa, enquanto houver o sofrimento do ato praticado, nada se resolve. Você poderá dizer: “Ah, eu te perdoo.” Mas aquilo continua lá dentro. E cada vez que você olha a pessoa, aquilo volta e volta forte. Então não houve o perdão verdadeiro. E você explicou para o outro, o quê que aquilo efetivamente causou em você? Para que ele se dê conta do mal que ele lhe causou? Se você não fala, se você simplesmente perdoa, ele não vai aprender e vai cometer o mesmo erro depois. É uma via de mão dupla.

Então quando nós sempre dizemos aqui, que o sentimento que tem que acontecer neste momento, na vida de vocês é o perdão, sim é o perdão, mas tem que ser um perdão verdadeiro. É aquele perdão, de que amanhã quando vocês pensarem no assunto, nada sentirão, porque aquilo foi perdoado. Em muitos casos, não há mais nem como pedir perdão, porque a pessoa saiu de sua vida; a pessoa…, você nem sabe mais por onde anda. Mas isso não o impede de perdoar, basta que você pense na pessoa em si, coloque ela em sua mente e peça perdão à ela. Tenha certeza que ela receberá o seu pedido de perdão, tenha certeza disso.

Então, não façam disso um empecilho. Sim, vocês são capazes de pensar na pessoa e pedir perdão. Se ela por sua vez irá perdoá-los, isso vocês não saberão. Mas quem sabe um dia, vocês também não poderão receber esse pedido de perdão? Não sentirão que o outro lado compreendeu e também lhe pediu perdão. Aí será fantástico, porque ambos zeraram aquele problema. Então qual é a grande lição de isso tudo?

Em primeiro lugar, vocês não provocarem nada que magoe o outro, nada que faça o outro sentir raiva de vocês. Esta é a primeira ação. Porque se isso não acontece, todo esse jogo que contei aqui, não acontecerá. Não haverá raiva, não haverá motivo, não haverá pedido de perdão porque o ato não aconteceu. Não estou dizendo aqui, que vocês têm que paparicar as pessoas o dia inteiro, que vocês têm que puxar o saco, como vocês costumam dizer, o tempo todo. Não é vocês parecerem bonzinhos, apenas para chamar atenção. É simplesmente, ter aquele grande sentimento que tenho apontado aqui inúmeras vezes: o respeito. Apenas respeitem, nada mais. Vocês não são obrigados à amar a todos, mas eu diria que vocês devem respeitar à todos. Porque quando você respeita o outro, você não o magoa, você não o machuca, você não faz nada contra ele, porque você o respeita. Pronto, é muito simples isso.

Então não vamos entender, que agora tudo que vocês fizerem, podem continuar fazendo e pedindo perdão. A sabedoria é não fazer, não iniciar o processo, não causar mágoa em ninguém, não causar raiva em ninguém. Esta é a grande sabedoria, é o respeito. Se não há amor, que pelo menos haja respeito. E aí vocês terão a certeza, que na sua caminhada ninguém sentirá raiva de você, porque você não provocou isso em ninguém.

Pode até haver alguns casos, em que as pessoas sentem raiva por inveja. Você não fez nada contra elas, mas elas sentem raiva do ser que você é, da capacidade que você tem; queriam ser como você e aí elas sentem raiva por não serem. Aí vocês podem me perguntar, “E essa raiva chega em vocês?”. Chega, com toda certeza chega. Mas se vocês se mantêm equilibrados, sempre respeitando e amando ao próximo, essa raiva será apenas como um…, um ligeiro arrepio que vai bater no seu corpo. Mas a sua vibração estará tão boa, que aquilo não fará morada, aquilo não lhe afetará. Agora se você vibra baixo também, aquela raiva vai incitar em você, provocar a raiva em outras pessoas.

Entendem como é uma sequência? E aquele que lhe emanou essa raiva toda, sem sentido apenas por inveja, está carregando ela toda com ele também, abaixando mais ainda a vibração que ele tem. Ou seja, ninguém sai impune a nada. A toda ação tem sempre uma reação, apenas isso. Então qual é a grande sabedoria? Não provocar ninguém, não fazer nada que provoque uma reação contrária no outro. Esta é a grande sabedoria, não é simplesmente se calar e aceitar tudo para não magoar o outro, para não brigar, não é isso. Mas se tem algo que lhe desagrada, sente-se com a pessoa numa mesa e deixa o ego do lado. Ele não pode participar da conversa, o ego tem que ser colocado de lado. E vocês podem conversar como dois seres que se respeitam, e calmamente, um colocar o seu ponto de vista. Garanto que vocês sairão dali leves e evoluídos, aprendendo cada um ao seu modo uma lição.

Então deixo vocês refletindo sobre tudo que disse aqui hoje. Não emanem raiva, porque ela vai, mas ela fica em vocês também. Então não façam isso. Respeitem o outro. Se o outro não lhe respeita, converse com ele, sem ego, e escute os argumentos dele. Se ele não tiver argumento, provavelmente ficará calado, ouvindo tudo que você está dizendo. Agora, se ele não ouvir nada do que você disse, aí é uma questão que você terá que pensar. Mas não é emanando raiva contra ele, que você irá resolver nada.

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